Eminem e Yelawolf entrevista à VIBE Magazine - Parte 2
Continuação da entrevista que o Eminem e Yelawolf deram para a revista VIBE. Se você ainda não leu a primeira parte, clique Aqui.
Nessa segunda parte da entrevista, Eminem nos revela quem ganhou a partida de basquete entre ele e o Yela; Os dois falam sobre o que têm em comum além de serem brancos, e também sobre as brincadeiras que fazem um com o outro. Confiram:
VIBE: Então vocês estavam jogando basquete?
YELAWOLF: Você vai me deixar responder essa?! [Risadas]
EMINEM: Escute, vou deixar o leitor descobrir se ele está dizendo a verdade sobre quem ganhou.
Então ele ganhou de você, Yelawolf, como estavam jogando?
YW: Estávamos jogando 21*, e meu tornozelo estava machucado. (*’21’ é uma variação popular do basquete de rua. O jogo termina, claro, quando um jogador faz 21 pontos)
EM: Agora vêm as desculpas.
Foi muito feia a derrota?
YW: Eu cheguei perto, eu estava com o jogo na mão até o final, mas ele virou o jogo.
EM: Sim, ele chegou perto. Fez 4 pontos.
Kid Rock não jogou?
EM: Ele estava fazendo churrasco enquanto jogávamos.
YW: O Kid Rock não ganhou de você de chinelos?
EM: Você realmente quer que essa gravação vaze. [Risadas] Não, ele é bom. E não vou mentir, ele fez um grande ponto. Ele sabe jogar.
YW: Basquete, sabe... Esse cara tem uma fome de ganhar. [Apontando para o Eminem] É incrível, mas também muito divertido.
EM: Eu diria que sou uma pessoa bem competitiva.
Além de vocês dois serem rappers brancos que levaram suas qualidades a sério, o que mais vocês têm em comum?
EM: Houve uma vez na qual ele estava me contando uma história sobre quando era criança e teve um acidente de carro. Isso me deixou louco.
YW: Eu estava com a minha mãe quando o carro capotou. Eu tinha 5 anos de idade, mais ou menos. Eu e o Marshall éramos da mesma idade, e estávamos nós dois com nossas mães. Mas entrar num carro em ruínas era uma coisa. Outra coisa era o caminhão.
EM: Essa foi a parte mais louca. Eu lembro do nosso carro capotando. Minha mãe e eu estávamos na entrada de acesso à rodovia. Aquilo foi muito traumático. Eu me lembro que olhei pela janela traseira e vi um caminhão. Eu pensei que aquilo iria nos acertar. Pensei que iríamos morrer. E isso me deixou louco, porque ele passou pela mesma coisa.
YW: É, a mesma coisa. Um caminhão. Essa coincidência foi tão estranha que tive de ligar pra minha mãe para deixá-la terminar a história. Porque parecia que eu estava mentindo apenas para ter a mesma história dele. Pra você ver como isso tudo foi estranho.
Vocês dois também se mudaram bastante quando jovens, tanto de escola, quanto de casa. Vocês reconhecem isso na música um do outro?
YW: Muitos fãs têm essa relação com a vida do Marshall. A história das brigas é universal. Você não precisa literalmente viver aquilo para entender, mas muitas crianças estão na mesma situação. Eu vi 8 Mile quando estava em Gadsden (Alabama). Eu não cresci na atmosfera das batalhas de Hip Hop, mas o estilo de vida era parecido em muitas maneiras. Eu estudei em 15 escolas diferentes. A mãe solteira que era super rock n’ roll com seu namorado caipira. Eu tive de lidar com caipiras filhos da puta que não entendiam o por quê de eu amar o Hip Hop.
Eminem, qual conselho você oferece por ele estar sendo analisado por também ser um rapper branco? Vocês já falaram sobre sua cor nesse sentido?
EM: Fazemos brincadeiras sobre isso, mas eu não acho que eu devo falar muito sobre. Quando estou escutando a música, não penso em nenhuma dessas merdas. É apenas a música. Essa é uma das grandes coisas sobre isso. Eu nem penso nisso quando estou escutando a música.
YW: Nós fazemos essas brincadeiras porque é engraçado. Tipo, ele me chama de ‘Cachorro Branco’.
Ah, você o chamou disso na Cypher do BET Awards! Eu não percebi que era uma brincadeira.
EM: É, ou Carneiro Bege [Risadas]
YW: Que seja. Não é algo combinado.
EM: Nós já lidamos com isso o suficiente, agora vamos fazer música.
YW: Vamos fazer grandes músicas. No final do dia, é tudo o que há para fazer.
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Agradecimentos a Sergio M.
Fonte: Shady Brasil
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