Tradução do livro "My Son Marshall, My Son Eminem" 1º Capitulo.


Abaixo está a tradução do livro “My Son Marshall, My Son Eminem” escrito pela Debbie, que conta a historia da vida dela e da relação dela com o Eminem.

Vou postar aqui aos poucos, de preferência capitulo por capitulo, na medida do possível.

Abaixo a tradução do capitulo 1 do livro:

Capitulo 1:

Eu tinha 14 anos quando me apaixonei por Marshall Mathers Junior. Eu enfrentaria qualquer obstáculo para escapar o meu padrasto alcoólatra quando Bruce apareceu. Ele enfrentava o meu padrasto dizia que ele iria se arrepender de me bater novamente.

Bruce era 4 anos mais velho que eu - ele tinha 1,80 com um lindo cabelo castanho que ele amarrava como m rabo de cavalo. Ele tocava bateria e era louco por Jimi Hendrix e The Doors. Muitas garotas em Saint Joseph, Missouri, eram loucas por ele, eu era magrela e desajustada, então a ultima coisa que eu esperava era um romance com alguém tão forte como o Bruce. Mas isso mudou tudo. Ele me ofereceu algo que ninguém jamais tinha me oferecido antes - proteção contra a minha família.

Não importava o que dava errado em casa; tudo era culpa minha. Uma noite minha mãe me ordenou a lavar a louça duas vezes só para ter certeza que elas estavam limpas. Eu recusei, ela veio para me bater. Eu consegui empurrá-la e sai correndo da casa e escalei uma árvore. Eu ouvia minha mãe gritar dentro da casa "Ache-a e castigue-a!".

Meu padrasto saiu bêbado balançando o cinto. As maças da árvore em que eu estava caiam, e os galhos balançavam. Eu estava com muito medo de eles me acharem. Até Bruce aparecer. 
"Quando você a encontrar, você não irá enconstar um dedo nela", eu ouvi Bruce dizer. "Se você tiver alguma arma é melhor baixá-la. se vai bater em alguém bata em mim".

Meu padrasto tentou mudar de assunto pedindo um cigarro. Depois ele entrou para a casa. Estava anoitecendo e eu estava apavorada de Bruce ir embora, então eu o chamei e agradeci por ter me salvado.

"O que você estava fazendo la em cima?" ele perguntou impressionado de eu conseguir me esconder tão bem. Eu desci da arvore e pulei nos braços dele. "Eles não vão mais encostar a mão em você", ele disse. "ninguém vai te machucar de novo Debbie."

Ele olhou em meus olhos e todos os meu medos se foram. Eu mal conseguia acreditar. De repente Bruce era o irmão mais velho que eu sempre quis. E mais. Ele era o primeiro homem na minha vida miserável que se importava. 

Se ao menos eu soubesse como as coisas dariam errado no futuro.

Olhando para minha infância agora eu tenho até algumas memórias carinhosas. Eu nasci em 1955 em uma base militar em Kansas. Meus pais, Bob e Betty Nelson não paravam de brigar. Eu era a mais velha e era a filhinha do papai. Eu me lembro de sentar com meu pastor alemão na varanda da casa da Nan em Warren, Michigan, onde morávamos na época, esperando meu pai voltar do trabalho. Se eu tentasse sair para a rua o cachorro me puxava de volta para a casa.

Eu também me lembro de esperar, junto com minha mãe, para a distribuição de comida no armazém do governo. Quando meus irmãos mais novos, Steve e Todd, nasceram, eu ia ate lá sozinha receber comida enlatada, feijão, ovos em pó e leite enquanto minha mãe me esperava em um carro próximo ao local. Demorava horas na fila ate chegar á comida. Às vezes os homens que trabalhavam la me ajudavam a levar as caixas de mantimentos ate o carro. Já em outras ocasiões eles gritavam comigo e seguiam em frente. Eu odiava aquilo mas nos ajudava a comer. Aos 11 anos eu tomava conta de casa, cuidava dos meus irmãos, cozinhava e limpava.

A mãe do meu pai, Bessie "Betty" Whitaker, que nós chamamos de Nan, era a única mulher na minha família grande e disfuncional que nos mostrava amor. Ela foi a coisa mais próxima que tive de uma mãe. Eu adorava passar os verões na casa dela. Valia por todo o resto, todas a brigas e violência dentro de casa. Eu me sentia segura perto dela.

A casa da Nan em Warren era quieta. Nossa casa - e nós mudávamos constantemente - não era. Sempre havia barulho. Eu tinha 7 anos quando meus pais se separaram. Todd era um bebê, e meu pai alegou que ele não era seu filho. Steve - que era 3 anos mais novo que eu - e eu ficamos com maus pai.Eu me lembro que tentei cozinhar o café da manhã e a frigideira pegou fogo. Eu fiquei apavorada, botei fogo na casa. Fomos para a casa da minha mãe depois disso, que vivia em Saint Joseph, Missouri.

Meu pai estava morando com a gente quando minha mãe conheceu Ton Gilpin, o homem que se tornaria meu padrasto. Ela me usava como disfarce para ir ver Gilpin. Ele me dava uns trocados e me pedia para não contar nada para meu pai.Isso continuou ate o nascimento da minha irma em 1964. Desta vez meu pai acho uma namorada e nos deixou de vez. 

Meu pai se casou com Geri e adotou seus dois filhos. Uma delas se chamava Debbie assim como eu. Isso partiu meu coração. Significava que existiam duas Debbie Nelsons, e ele obviamente preferia sua filha adotiva a mim. Ele nos virou as costas completamente como se nunca tivéssemos existido. Pobre da Nan que fez de tudo para compensar o desaparecimento dele. Ela tentava arrumar encontros para a gente, mas meu pai quase nunca aparecia. E quando aparecia ele zuava a gente por sermos pequenos e magrelos.

Eu me afundei no meu próprio mundo de faz de conta. Eu carregava uma foto do meu pais com seu uniforme da Força Aérea para todo o lugar e aflava para os meu amigos de escola que ele estava morto. Eles diziam que meu pai se parecia com Elvis Presley, então eu fingia que éramos parentes dele e do cantor Ricky Nelson. Antes dele se aposentar do serviço militar vivíamos uma vida de nômades, passávamos tempo na Califórnia, Itália e Alemanha. Eu fechava meu olhos e tentava imaginar que estávamos magicamente de volta na Europa. 

Minha mãe se casou com Gilpin, mas eles se separavam constantemente. Ela era atendente de um bar de dança exótica.  Ela atraia alguns bêbados encrenqueiros e o ciclo continuava da mesma forma. Depois da separação as bebidas e as brigas e as mudanças começavam de novo. Havia noites que dormíamos na varanda com mãe para não apanhar. 

Para ser justa, minha mãe não podia fazer melhor. Ela só tinha 14 anos quando ela se casou com meu pai para fugir da família dela, e 15 quando ela me teve. Ainda, em vez de tentar nos dar a vida feliz que ela nunca teve, sem saber ela fazia a nossa vida ser miserável. Isso não a impedia de ter mais filhos. em 1968, quando eu tinha 12 anos, ela estava novamente com Gilpin, e nasceu Betti Renee. Mãe - conhecida como Big Betty - favorecia a pequena Betti e não escondia o fato. O resto de nós, de acordo com mãe e pai, éramos estúpidos e indesejados. dai é de se imaginar porque eu cresci acreditando que não valia nada?

Eu fugi de casa aos 12 anos depois de meu padrasto me atacar. Eu estava no banheiro quando ele me encurralou, me agarrou e tentou tirar minha roupa. Seu hálito cheirava a álcool e seu rosto havia luxuria. Ele estava em cima de mim e se movia para frente e para trás enquanto eu gritava para meus irmãos chamar a policia. Steve que tinha 9 anos e Todd, 6 anos, entraram no banheiro e tentaram retirar ele de cima de mim., mas ele era muito grande e forte para os dois. A policia chegou. Eles algemaram meu padrasto e eu estupidamente pensei que seria a última vez que o veria. Mas minha mãe não acreditou em mim. Meu padrasto voltou a casa depois de uma noite na cadeia, e eu fugi.

Minha melhor amiga, Theresa e Bonnie me deram abrigo. As mães deles me ensinaram sobre família e amor. Eles me adotaram. Fizeram-me sentir importante. O problema era que eu sentia falta de meus irmãos. A casa era horrível para eles também, e eles diziam que era insuportável que eu não estava la. Fugir começou a virar uma rotina. Eu ficava quieta por alguns dias ai Steve ou Todd imploravam para eu voltar a casa. Eu voltava, as coisas ficavam bem por uma semana, depois o drama começava de novo. Deus, como eu odiava a minha vida.

A escola me mantinha a sanidade, especialmente quando Theresa e eu entramos para o grupo das lideres de torcida. A mãe dela nos fazia as roupas, e pela primeira vez eu me sentia legal. Bonnie que era alguns anos mais velha nos introduziu à música. Ela tocava guitarra. Nós vivíamos pelas músicas de Janis Joplin e Jimi Hendrix. éramos garotas hippies - e ate onde nós sabíamos - maduras de mais para nossa idade.

Edna e Charles Schwartz viviam na outra rua. Eles não tinha filhos então adotaram seu sobrinho Bruce. A família dele vivia na Dakota do Norte, e ele os visitava constantemente. Bruce ficou com eles quando estava desempregado. depois de uns meses ele conseguiu um emprego na fábrica local.Bonnie tinha uma queda por Bruce, e eu timidamente me escondia atrás dela quando combinamos de conhecê-lo melhor. 

Nós passávamos horas no parque ouvindo música.Bruce falava que ele era baterista e que queria montar uma banda. Ele era muito legal com meus irmãos quando nos encontrávamos nos jogos de baseball. Era fácil ficar com ele. Não havia nada sexual. Ele me escutava, me dava conselhos, me fazia rir..

Comparado com os outros garotos eu sabia, Bruce era legal. Quando a romance, eu achava que ele estaria fora da minha ossada. Mas depois que ele me resgatou do meu padrasto, nós começamos a falar sobre nossos sonhos e futuro. Eu falava para ele que rezava todas as noites para ter uma vida melhor. Tudo que sempre quis era um marido que me amasse, uma casa legal, e muitos filhos. Bruce queria o mesmo. Quando eu me sentava no escuro falando no futuro, eu realmente acreditava que todos os meus sonhos viriam a se realizar.

Créditos e fonte á Eminem Forever

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