Eminem responde às acusações de homofobia por "Rap God"

Nos anos desde o alvoroço inicial pelo uso de insultos contra gays em seus dois primeiros álbuns, Eminem se apresentou e fez amizade com Elton John, apoiou o casamento gay e várias vezes disse aos jornalistas que ele na verdade não tem nenhum problema com pessoas gays. Mas ele continua a temperar suas letras com uma linguagem que não é difícil interpretar como homofóbica. Neste trecho da próxima reportagem de capa da Rolling Stone, de 22 de novembro, Eminem defende seu uso de insultos tão criticado em "Rap God".


Você deixou claro mais uma vez que você realmente não tem um problema com pessoas gays. Então por que, em 2013, usar a palavra "viado" nessa música? Por que usar "aparência de gay" como um insulto?
Eu não sei como dizer isso sem falar como eu disse um milhão de vezes. Mas essa palavra, esses tipos de palavras, quando eu surgi fazendo batalhas de rap ou que seja, eu nunca realmente equiparei essas palavras...


Para na verdade querer dizer "homossexual"?
Sim. Era mais como chamar alguém de vadia ou punk ou babaca. Então essa palavra era só jogada por aí tão livremente naquela época. Isso volta para aquela batalha, indo e voltando na minha cabeça, de querer me sentir livre para dizer o que eu quiser dizer, e então [se preocupar com] o que pode ou não afetar as pessoas. E, sem dizer que está errado ou certo, mas nesse ponto na minha carreira - cara, eu digo tanta merda que é irônica. Eu zombo de outras pessoas, de mim mesmo. Mas o verdadeiro eu sentado aqui agora falando com você não tem nenhum problema com gays, héteros, transgêneros. Estou feliz que vivemos em uma época onde realmente está começando a parecer que as pessoas podem viver suas vidas e se expressarem. E eu não sei mais como dizer isso, eu ainda me vejo da mesma forma que eu me via quando eu estava batalhando e sem grana.


Eu meio que achei que você estava fazendo isso porque quando você está rimando como Slim Shady, parte da sua missão é irritar as pessoas.
Bom, olha, eu tenho feito essa merda por, o que, 14 anos agora? E eu acho que as pessoas conhecem minha postura pessoal sobre as coisas e os personagens que eu crio na minha música. E se alguém não entende isso agora, eu não acho que há muito que eu possa fazer para mudar a mente deles sobre isso.

Fonte: Rolling Stone

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