A História de Bad Meets Evil (Parte 3)

Se você não se importar se eu perguntar, o que foi, exatamente, o motivo de sua separação com Royce?

Eminem: Eu nem quero relembrar o desentendimento. Não há razão para falar sobre o porquê que nós caímos fora ou o que quer que seja. O ponto é : nós reparamos tudo.

Jogo justo. Como foi que esse reparo começou?

E: Bem, comigo pessoalmente, e eu acho que com o D12 também, a merda aconteceu quando o Proof nos fez pensar que era estúpido pra caralho continuar com a rixa. Não mencionando ele e Proof atirando um ao outro e indo para a cadeia, que nós pensamos que era estúpido naquela época. Éramos como: “Isso está ficando idiota”. Então ele e Proof, quando estavam juntos na cadeia, decidiram acabar com isso. Proof acabou vindo até mim e até o resto dos caras e falou: “Ei, eu resolvi aquela merda com Royce. Estamos de boa”. Então, depois, Royce foi à uma turnê com o D12.

Mas vocês voltaram a ser amigos antes de você voltar para a música, certo?

E: É, nós tivemos de fixar aquela merda primeiro.

Royce da 5'9": Foi um processo. Foi um pouco estranho no começo. Nós estávamos tipo em silêncio quando perto um do outro. Mas depois começamos a ficar mais confortáveis. Começamos a fazer brincadeiras, voltamos a ser o mesmo novamente.

E: É, tudo voltou de onde parou.

Então como foi que vocês decidiram fazer a EP?

R: Essa é uma boa pergunta. Eu acho que começou quando eu tive um som para ele no meu álbum, e nós nos divertimos muito fazendo isso. Nós passávamos muito tempo juntos porque ele estava fazendo muitos shows naquele tempo, e eu viajava com ele. Mr. Porter trouxe uma beat no avião e nós gostamos, e acabamos no estúdio. Depois, quando vimos que estávamos sobre todas aquelas gravações, foi tipo: “Porra, cara, o que estamos fazendo com todas essas gravações?”

E: É, quando decidimos foi tipo: “Foda-se, vamos continuar”.

Então, como a parceria deu certo? Criatividade? Qual foi o processo?

E: Isso mudou. Tipo, ele pegava a beat às vezes e dizia: “Ei, eu acho que deveríamos cantar nisso”. Então, ele colocou um verso e depois eu ouvi onde estava indo e coloquei um verso. Ou eu pegava a beat. Ou, em um monte de merda que estávamos indo e voltando, nós precisávamos estar no estúdio juntos. Ele podia ir lá e colocar uma rima e parar para ver o que eu coloquei para refazer a dele. E essa era a parte mais divertida sobre fazer a EP. Nós temos, pela falta de um termo melhor, química. Se eu parar aqui, eu sei que ele seria capaz de buscá-la e dizer algo louco. É também o tipo de relacionamento em que um de nós não tem medo de dizer: “Ei, e se você dizer isso?” E quando não funciona: “Ok, esqueça essa ideia. Eu posso ter outra melhor, calma aê.” Não é sobre tempo. Não é sobre ego. É apenas diversão.

R: Nós não ligamos para a estrutura da música.

E: É. Essa era outra parte realmente divertida sobre isso. Nós não achávamos necessário tentar fazer hits. Era tipo: “Vamos entrar nisso e apenas fazer rap, e nos divertir novamente”.

Agradecimentos a Sergio M.
Para ler a história na íntegra (em inglês) clique aqui

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