Tradução do livro My Son Marshall My Son Eminem. 21º Capítulo



Capítulo 21

O pessoal da gravadora de Marshall disse que eu deveria continuar com o processo porque eles estavam vendendo álbuns. Só Deus sabe o que falaram de mim para ele. Naquela época qualquer coisa me fazia chorar. Marshall ainda ligava para falar com Nathan, ma ele se recusava a falar comigo. 


Se eu atendia o telefone ele apenas dizia: “deixe-me falar com meu irmão”. Em outras ocasiões ele fazia o empresário dele ligar, e quando percebia que eu estava ouvindo o telefone ele falara “Me deixe conversar com o Nate”. 


Eu não podia ver Hailie. Marshall me ameaçou que eu nunca mais a veria. Eu ainda levava presentes na casa dele – geralmente eram Barbies que eu sabia que ela adorava. Me disseram depois que ela não brincava mais com bonecas. Ela tinha 5 anos e fingia servir drinks na cozinha de brinquedo. 

Marshall voltou ao tribunal para a sentença de Douglas Dail.  Ele não alegou nada quando acusado de carregar a arma em público. A juíza, Denise Langford, virou manchete ao sentenciar em forma de rap: “Não erre, não caia, agora é a hora de você se levantar”. Ela sentenciou ele a serviços comunitários e multa de $2.360 mais 1 ano de condicional. Novamente ele tinha de se submeter a estes de álcool e drogas, e a juíza ainda adicionou mais, ele tinha de pedir a permissão dela para sair do estado de Michigan. Agora ele não podia mais deixar o estado. 

Nathan queria se mudar para Michigan por causa de Marshall. Precisávamos de um novo começo. Marshall iria se apresentar no Detroit Silverdome. Nathan tinha muitos convites e queria ir. Apesar de tudo eu tinha orgulho do meu filho, e queria vê-lo de novo. Mas quando chegamos a bilheteria os ingressos não eram válidos. Acontece que tínhamos confundido a data, os ingressos que tínhamos eram para o show da noite seguinte. Comprei então, ingressos na mão de um cambista. Depois que entramos, fiquei em meu acento e esperei que ninguém me reconhecesse. 

O show mal havia começado quando Marshall começou a me atacar. Ele ficou parado no palco e gritou para a platéia “Foda-se Debbie” e fez um gesto obsceno com seu dedo. Uma luz correu a platéia e depois parou em mim. A platéia ficou doida. Uns bêbados atrás começaram a me empurrar e a me xingar. Eu fui salva por uma repórter, ela me levou em segurança até a área VIP. “Você vai se machucar lá em baixo” ela disse, “Tinha um cara derramando cerveja em você”. 

Desnecessário dizer que não fui ao show da noite seguinte. Eu estava muito triste. Depois descobri que Marshall estava desapontado. Ele achou que eu estaria presente e se policiou em seus dizeres e movimentos. “Por que ela não veio? Eu não disse ‘Foda-se Debbie’ para que ela pudesse aproveitar. Eu limpei o ato por ela”, ele disse sem saber que eu tinha estado presente na noite anterior. 

Eu voltei a usar o meu nome do meio – Nelson – pela primeira vez desde que tinha 15 anos. Eu mantive o Mathers depois do divórcio pelo bem de Marshall. Eu era infernizada pelo nome Briggs. O mundo inteiro me conhecia por Debbie Mathers-Briggs. Eu odiava isso. Eu queria que todos me deixassem em paz. Eu imaginei que ninguém iria me acusar de ser mãe do Eminem se eu usasse Nelson. Mais uma vez, eu estava errada.

Quando eu levava Nathan para escola em Novembro, fui atingida por um caminhão que tentava passar o sinal antes dele avermelhar. Ele disse que não me viu atrás da van. O acidente pareceu estar acontecendo em câmera lenta, mas não havia nada que eu podia fazer para evitá-lo. Eu só podia me preparar para o impacto, e me lembro de Nathan implorando para eu levantar. Eu estava confusa pelo ar do airbag que havia explodido. Tudo estava vago e nebuloso. A frente do meu carro estava toda amassada. O lado do Nathan também foi destruído, ele tinha sangue por suas mangas. 

O policial que entrou pela parte de trás do carro, segurava minha cabeça, ele achava que eu tinha quebrado o pescoço. Mas eu tentei levantar e chegar a Nathan pelo sangue que saia dele. “Não mãe, não sou eu que estou sangrando, é você”, ele disse. Eu fiquei no hospital por 4 horas esperando para levar os pontos acima do meu olho direito, quando Mr. Daniels, um antigo caseiro que nós conhecemos, chegou. Nathan tinha ligado para ele. Ele disse que a mídia estava acampada do lado de fora. Tínhamos que sair pelos fundos, sendo que eu deveria ficar de cabeça baixa para evitar a imprensa. 

Encontrei com Nathan quando voltei para casa. Ele estava perturbado porque o motorista do caminhão perguntou para ele quando saia da delegacia de policia: “desculpe por sua mãe. Ela morreu?”.
Novamente havia conversa entre os policias, em frente a Nathan, sobre como eu era odiosa. Era cruel. Nathan fez meu irmão Todd e o Mr. Daniels procurar em todos os hospitais por mim. Ninguém dizia nada a eles por causa de quem meu filho Marshall era. 

Quando Kim entrou com o divorcio em março, ela disse que o casamento estava tão ruim que “não havia nenhum sentimento bom que poderia ser preservado dali”. Ela queria custódia total de Hailie, junto com uma pensão de $2.740 dólares por semana para a criança, uma nova mansão, e $10 milhões de danos morais.

Depois de 7 meses brigando nos tribunais, eles finalmente chegaram a um acordo. O juiz ordenou que Marshall pagasse $1.000 dólares por semana para pensão da criança. A custódia foi compartilhada: ele ficou co a casa em Clinton Township no valor de $450.000, e ela recebeu $475.000 para comprar uma casa por perto. O valor dos danos morais foi mantido em segredo. Mas tenho certeza que ela recebeu uma bolada. 

Mas o plano de Kim de pegar mais tarde a custodia completa de Hailie – arma que ela usava contra meu filho – foi enfraquecida seriamente, depois que ela foi pega com cocaína. Ela já tinha sido pega por dirigir sob efeito de álcool, então quando a policia a parou em uma blitz de rotina e descobriu as drogas, até Kim sabia que estava encrencada. Como sempre, quando ela está com problemas, ela chama Marshall para resolver. De repente, ele era um cara importante em Michigan.

Eu esperava que Marshall colocasse Kim no pasado. Ele estava aproveitando o sucesso, junto com seus amigos do D-12, eles chegaram ao topo das paradas com o álbum do grupo “Devil’s Night” e o single “Purple Pills”, e ele estava, em segredo, namorando a cantora Mariah Carey. Pessoalmente, eu não tenho nada para falar da Mariah, já que eu e Marshall na estávamos nós falando. Ma eu sei que eles, originalmente, pensaram em uma colaboração em uma música. O que seria grandioso, considerando o quão diferente eles são. Mas isso nunca aconteceu, mas eles se viam constantemente.

Que ele se apaixonou com Mariah não me surpreende. Ela lembra muito Kim. Marshall sempre gosta de um tipo especifico de mulher: alta, loira, ossos grandes. Eu acho que Mariah tem uma voz linda, eu estava feliz pelos dois. 

Infelizmente eles ficaram juntos antes dela surtar em publico em Julho. Ela tinha terminado com seu namorado de anos, Luis Miguel, e Marshall estava livre de Kim. Aparentemente, ela voou em seu avião particular para Detroit, para convencer Marshall a aparecer no vídeo de sua música “Glitter”. Ele fez ela esperar por 4 horas até falar que ele não queria trabalhar com ela. 

Apesar da rejeição, havia um romance entre os dois. Umas semanas depois eles se encontraram no apartamento dela em Nova York. Eles saíram com um grupo de pessoas incluindo os rappers Eve e Run-DMC, beberam champanhe e as pessoas começaram a comentar o caso. Os dois fizeram a equipe negar que eles eram algo mais alem de amigos.

Mas ai ela surtou. Depois de deixar umas mensagens a seus fãs no seu site, ela deu entrada no hospital por severos danos emocionais e exaustão física. Um romance com meu filho era a ultima coisa que ela precisava ali, mas eles continuaram a se vê depois que ela saiu da clinica. 

Infelizmente ela não atuava de forma bizarra só no seu site: ela deixava várias mensagens de voz para Marshall também. É de conhecimento comum que ele salvava essas mensagens. Não demorou muito para chegar um boato no ouvido de Mariah que ele estava falando mal dela para os amigos. Até hoje ela nega esse romance, dizendo que só se encontraram algumas vezes. Marshall, sendo Marshall, deu uma entrevista a Rolling Stone logo depois que eles terminaram dizendo “Eu não gosto dela como pessoa. Ela não é muito normal”. 

Mariah respondeu na Inglaterra no News Of The World Sunday dizendo: “eu falava com ele regularmente, mas não re um relacionamento, eu acho surpreendente ele interpretou as coisas de maneira errada. Em termos gerais, eu acho que os homens têm que mentir sobre um relacionamento sexual, quem interpreta uma amizade de forma errada deve ter razões para fazer isso. É curioso para mim”.

Ela não fez segredos que a faixa chamada ‘Clown” no álbum Charmbracelet era endereçada para Marshall. Ela dizia que eles nunca se tocaram, a letra inclui linhas como “você não quer que o mundo saiba... que o garotinho, senta sozinho em casa e chora”.  Mariah disse ao Sunday, “Muitas garotas se identificam com essa música, porque conhecemos muitos palhaços”.

A briga aumentou quando Marshall tocou em um dos seus shows, no Anger Management Tour, uma das gravações das mensagens que ela havia deixado. Chorando, ela implorava para que Marshall entrasse em contato com ela, dizendo “eu ouvi que você voltou para sua ex-mulher? Por que você não vem me ver? Por que não me liga?”.

Eu sinto pena de Marshall, mas quando se trata de Kim, nenhuma outra mulher jamais teve chance. Ela segurava o meu filho por causa de Hailie. Havia mais do que isso. Marshall não gosta de mudanças. E como sabemos, ele conhece Kim desde os 15 anos. Ele se acostumou com a loucura e o abuso dela. Ela é um habito que ele não conseguia quebrar. 

Fonte e Créditos á Eminem Forever

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