Tradução do livro My Son Marshall, My Son Eminem. 17º Capítulo



Capítulo 17

Eu era louca por John Briggs. Ele era alto, assim como o pai de Marshall, Bruce, dois anos mais novo que eu, e incrivelmente lindo. Eu estava um pouco de receio para casar com ele, mas eu tinha ficado sozinha por tanto tempo, e eu adorava a companhia dele. 

Ele já tinha se casado duas vezes antes - e ainda mantinha amizade com sua ex-mulher. Nathan e eu gostávamos de John, até nosso cachorro gostava dele. 

Juntos, nós compramos uma casa em Saint Joe. Ela uma linda casa de campo com dois quartos e meio acre de terra no quintal. Eu queria esperar um pouco antes de nos casarmos, mas John, não via o porque adiar a cerimônia. 

Pouco tempo depois do Dia de Ação de Graças, Sharon Spiegel, ministro da Academia e Igreja South Park Christian, onde eu irmão Ronnie estudou, concordou em oficializar a nossa união. A cerimônia foi na casa da Sharon, estavam presentes apenas minha irmã Tanya, minha mãe e seu último marido Dutch. Foi tudo muito discreto, apesar que eu estava usando um longo vestido azul com luvas. Eu sempre mantive o nome Mathers para o bem de Marshall, mas John queria que eu adotasse o seu sobrenome. Depois que nos casamos eu me tornei a Senhora Mathers-Briggs. 

Logo o meu negocio de limusines decolou em Saint Joseph. Eu tive experiência no campo devido a uns anos trabalhados em MIchigan. Eu comprei as limos da Lincoln Limo e comecei a minha própria empresa. Eu ja tinha conhecido Bill Hill, um antigo amigo que era taxista, com quem minha tia trabalhou, então eu também o ajudava empreguei ele para algumas corridas. Eu apresentei ele a Kim e Marshall, e ele os levava a onde eles queriam e se recusava a cobrar um centavo do meu filho. Mas alguém da minha família tinha que estragar os meus negócios e fez uma denuncia falsa ao oficial de condicional de Bill, resultado, ele foi detido por violação as limites da condicional. Ele foi mandado para a cadeia por um breve período e eu mantive o negocio na ativa. 

John, que não tinha trabalhado no seu segundo casamento, conseguiu um emprego em construção civil. Mas ele odiava trabalhos manuais, alem do fato de eu ganhar mais dinheiro que ele. Ele começou a beber muito. Ele bebia uma as vezes duas caixas de cerveja - quase vinte e quatro garrafas - em um dia. Quando eu perguntei a ele o porquê dessa atitude, ele disse que estava com saudades de casa e sentia falta de seus amigos em Michigan. Ele também disse que bebeu assim a maior parte da sua vida adulta. Depois, quando eu estava no hospital para fazer uma cirurgia, Nathan ligou dizendo que estava sozinho em casa, John tinha ido embora. 

Nathan e eu dirigimos a Michigan para passar o natal com Marshall, Kim e Hailie. Não estávamos na casa a mais de 2 horas quando John bateu na porta. 

“Você quer que eu mande ele sair?” gritou Marshall. 
“Ela é minha mulher”, disse John.
“Eu não dou a mínima. Cai fora.” replicou Marshall. 

John implorou para falar comigo, e eu queria concertar as coisas. Mas Marshall se recusou a deixar ele entrar. John e eu fomos a um hotel para conversar sobre o nosso futuro. Eu liguei para Marshall mas ele surtou, “Você fez a sua escolha. Escolheu ele ao invés de mim”. Depois desligou o telefone na minha cara. Toda vez que eu tentava ligar ele desligava. Marshall sempre disse que se sentia no meio de um cabo de guerra entre Kim e eu. Agora eu me sentia presa entre Marshall e John. 

Dirigimos de volta a Missouri com a promessa que John iria parar de beber. Sentíamos falta um do outro, e fora o álcool, nos dávamos muito bem. Nunca discutíamos. Mas algumas semanas depois ele sucumbiu, ficou ainda mais ressentido com o trabalho manual. Depois começou a beber de novo. 

Por que eu era tão estúpida? Assim como minha mãe eu atraia bêbados. No inicio de fevereiro John foi embora de novo. Ele apenas desapareceu. Meu quarto casamento terminou da mesma forma que os outros três.

Não tinha sentido em voltar para Michigan. Nathan gostava de Saint Joseph. Marshall telefonava de vez em quando. Se ele não estava na estrada fazendo shows, ele estava no estúdio gravando “The Slim Shady LP” que estava marcado para ser lançado dia 23 de fevereiro de 1999. Marshall disse que os primeiros singles, “Just don’t give a fuck” e “Brain Damage”, seriam lançados algumas semanas mais cedo. Ele também estava muito empolgado com a cobertura da imprensa, ele sempre me dizia para sair e comprar “Spin Source Vibe” ou outra. Ele também estava super feliz porque a “Rolling Stone” ia colocar ele como capa.

Eu estava com muito orgulho do meu filho. Nunca duvidei de seu talento; sempre soube que ele conseguiria. Mas até eu fiquei surpresa com o seu sucesso da noite para o dia. Nathan ligava a Tv na MTv - Marshall passava constantemente. Ele ligou para dizer que o single estava no Top 10, “My Name Is” e “The Slim Shady LP” apareceu na Billboard em segundo lugar. O nome Eminem estava na boca do povo. Meu filho Marshall era um astro.

“The Slim Shady LP” também chegou as primeira posições do R&B, onde ele foi comparado com Elvis Presley. Quase cinquenta anos trás Elvis pegou a tradicional black music do sul dos Estados Unidos e transformou em sucesso mundial. Agora meu filho fazia o mesmo com o rap. 

Eu ouvia a versão da rádio das suas músicas e via os vídeos na Tv, e não tinha idéia de como suas letras eram obscenas. Quando Anthony Bozza da Rolling Stone me ligou, fiquei feliz em dar uma entrevista. Ele estava em turnê com o Marshall e disse que eu devia estar orgulhosa dele. Trocamos alguns elogios, depois Bozza me perguntou como eu me sentia ao ser chamada de “uma puta vadia” por Marshall.

Eu estava tão chocada que nem me lembro da resposta que dei. Mas eu sei que deixei escapar a verdadeira idade de Marshall. Ele não tinha me alertado que havia “apagado” dois anos de seu nascimento para parecer mais novo. Meu telefone começou a tocar como um louco no final de Abril, quando o artigo foi publicado. Estava cheio de mentiras.

Havia uma figura de Marshall nu, segurando um dinamite na altura de seu pênis, ele havia inventado uma nova mãe. Aparentemente, eu era bêbada, viciada em remédios, e uma aproveitadora. Quando ele tinha 15 anos eu ordenei que ele arrumasse um emprego, ou eu o expulsaria de casa. 

Eu telefonei para Marshall chorando, perguntei porque ele tinha dito aquelas coisas. 
“Não é nada”. Foi isso. Ele se recusou a falar mais sobre o assunto. 

Outras revistas copiavam as frases que Marshall disse a Rolling Stone. É uma das revistas com mais prestigio no mundo, ninguém duvidaria de sua matéria. Cada dia aparecia uma história mais sórdida na mídia. Depois Marshall deu a MTv uma turnê em sua casa em Casco Township. Ele estava prestes a abandoná-la por uma mansão. 

Eu recebia cartas da financeira dizendo que os pagamentos estavam atrasados. “Nós não queremos a merda do seu imóvel”, disse Kim quando liguei para saber o que estava acontecendo. Marshall me assegurou que era só um mal entendido. 

Kim deixou de pagar uma prestação enquanto ele estava em turnê. Tudo já havia sido resolvido. De qualquer forma, ele disse que agora ele estava cheio de dinheiro. Logo ele poderia comprar uma nova casa. Seu álbum havia vendido mais de 2 milhões de cópias só nos EUA. Ele também era o número 1 no Reino Unido.

Como sempre no fim de nossas conversas ele disse que me amava, e que sentia minha falta. Mas ele adicionou bem feliz que iria me ver logo. Ele iria fazer um show em Lawrence, Kansas, três horas de Saint Joseph, e ele queria que eu fosse. Claro que eu disse sim. A única vez que vi ele no palco foi há 10 anos no show de talentos da escola.

Ainda não tinha caído a ficha que meu filho agora era Eminem, o melhor rapper do momento. Logo se espalhou em Saint Joseph onde eu morava, adolescentes batiam em minha porta pedindo autografo. Nathan ficava boquiaberto com as crianças querendo que ele assinasse posters. Parecia que a onde nós íamos as pessoas nos conheciam.

Eu sai na capa do Saint Joseph News Press. Na manchete dizia: Rapper Eminem é só um filho normal para mãe. Fui descrita como sendo sua fã número 1, e ainda transcreveram minha fala: “Eu não penso nele como ninguém mais alem de Marshall”. Revelei que fiquei de “coração partido” ao ver as declarações dele a Rolling Stone, mas expliquei que a pessoa do Eminem não é nada comparado com a pessoa do Marshall. 

Nathan mal podia esperar para ver o irmão. Quando chegamos havia, literalmente, milhares e fãs na entrada. A rua foi bloqueada. Tive medo das pessoas causarem alguma confusão. Nathan estava muito feliz, fomos para o backstage, Marshall queria que Nathan subisse com ele ao final do show. Nos encontramos próximo ao ônibus do Marshall, ele estava super feliz em nos ver mas parecia exausto. Sentamos no ônibus ate dar à hora para ele subir ao palco. Marshall não parava de beber de uma garrafa de água, mais tarde fui saber que era Bacardi. 

Quando eu desci do ônibus um garoto na faixa de uns 8 anos me parou, ele estava no meio da chuva. 
“Senhora, você é a mãe dele?” ele perguntou.
“Sim”, respondi. 
“Estou tentando pegar um autógrafo dele há quatro horas”, ele disse, “esta chovendo muito, você acha que consegue um pra mim?”Ele também me disse que seu irmão sofria de leucemia. 

Eu disse que iria ver o que podia fazer, mas quando tentei voltar ao ônibus fui impedida pelo segurança. Contei a ele sobre o garotinho, expliquei que ele tinha um boné de baseball que ele queria que Eminem assinasse. O segurança balançou a cabeça e disse “Não, ele já encerrou os autógrafos por hoje.” Eu fiquei triste pelo garotinho e assinei o boné para ele. Depois entrei no estádio para o show. 

Marshall cantou por 35 minutos. No final Nathan subiu ao palco e jogava presentes a platéia. Eu temia que eles agarrassem o braço dele ou algo. Depois as luzes se apagaram e Marshall se foi. Ele explicou que tinha de entrar no ônibus para o próximo show, em outra cidade, e antes dos fãs perceberem ele já tinha saído do prédio. 

Encontrei com Nathan no backstage, ainda tinha milhares de fãs lá. Quando souberam que eu era a mãe dele, fui muito assediada. Devo der dado mais de dúzias de autógrafos. No outro dia no Saint Joseph News Press tinha um artigo intitulado “Saindo com a Mãe do Eminem”, a repórter Linda, escreveu um ótimo artigo me descrevendo como “linda, frágil e longos cabelos loiros”:
“Se não fosse pelos cabelos, olhos e um elegante conjunto de calças bordadas de amarelo ouro e um colete preto, ela teria passado batido pelos fãs de seu filho. A maioria dos adolescentes de jovens tinham mais de 1,70 e muitos maiores que Debbie. Mas provavelmente nenhum é tão formidável quanto ela.” 

O artigo continuou descrevendo como eu criei os meu filhos praticamente sozinha, como ajudava crianças carentes, ela voluntária no Mães Contra Bêbados no Volante, voluntária no Make-a-Wish, e tive que reaprender a falar depois do meu acidente em 1991, e que agora tinha meu próprio negocio de limusine. 

Eu estava encantada. Alguém finalmente estava ajustando as coisas para mim. Agora eu esperava que as revistas e fãs de rap lessem essa matéria e percebessem que eu não era uma drogada, alcoólatra e louca. 
Eu era apenas ingênua.

Créditos e Agradecimentos á Eminem Forever

Comentários

  1. deveria dar mais creditos a elisa do eminem forever

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    1. Eu dou todos os creditos, agradecimento e fonte ao Eminem Forever da Elisa. Disso ninguem pode falar nada. Todos os creditos são dela e coloco sempre.

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